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EM PROTESTO CONTRA O GOLPE, MAIORIA DA EXECUTIVA DO PT NÃO COMPARECERÁ A POSSE DE FRANCIMAR



 A grande maioria da executiva estadual do PT decidiu não participar da solenidade de posse de Francimar Melo na presidência do partido, marcada para as 17h desta segunda-feira (3), na sede do Diretório Regional, em protesto contra o que consideram um golpe contra o presidente Augusto Lobato. Não haverá transmissão de cargo.

Dos dezoito integrantes da Executiva Estadual, doze, segundo apurou o Blog do Jorge Vieira, decidiram não comparecer, o que revela a grande dificuldade do novo presidente em conduzir o partido sendo minoria e sem legitimidade já que foi terceiro colocado no PED (Processo de Eleição Direta) que elegeu a atual direção petista, com apenas 23%.  Francimar, portanto, terá que se submeter à decisão da maioria.

“Em situação de golpe não se transmite cargo. Ou você acha que Dilma deveria ter transmitido o cargo a Temer (Michel)? Não podemos reforçar ou naturalizar atitude golpista, seja de fora ou de dentro. Não podemos achar natural essa prática da Executiva Nacional, a mesma prática ocorrida quando não respeitou a decisão democrática do Encontro que decidiu apoiar Flávio Dino em 2010”, diz Augusto Lobato.

Lobato, que assumirá a função de vice-presidente, diz que sempre buscou apoiar as decisões democráticas, mas que nesse caso foi uma imposição nacional, mesmo ele ganhando a eleição e se submetido a divisão de mandato e ainda assim não respeitaram a divisão acordada e lhe usurparam 45 dias de seu mandato, que seria concluido em 15 de fevereiro e foi antecipado pela direação nacional para 31 de dezembro.

“Entendo desnecessário a minha presença e deste campo nesse ato. Que sentido há no PED ou outros processos internos se estamos sob risco de golpes? Só há acordos quando ocorre com aceite das partes, nesse caso foi imposição”, observa Lobato.

Militante histórico do PT e membro da atual executiva estadual, Raimundo Monteiro também não comparecerá à posse do novo presidente. Ele alega que já estava com viagem programada ao interior do Estado para conversar com um grupo de apoiadores de sua candidatura a deputado federal, mas criticou a forma com que usurparam 45 dias do mandato do presidente legitimamente eleito .  

“Pelo acordo que foi feito, Lobato teria ainda mai 45 dias de mandato. Em nosso entendimento, a gestão iria até o dia 15 de fevereiro e eu acho que deveriam ter respeitado, pois no PT se faz tudo na base do entendimento, mas como não respeitaram o entendimento, Lobato foi prejudicado”, disse Monteiro.//Jorge Vieira

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