Para ficar no cargo até o final, governador sofre pressões diárias de auxiliares, deputados e ex-políticos, que dependem dele para garantir a própria viabilidade eleitoral em 2026

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BAILANDO EM COPA. Governador passou o domingo longe da pressão, divulgando o bumba-meu-boi maranhense; mas o futuro é logo ali

Editorial

O governador Carlos Brandão (PSB) vive uma crise de dúvidas diárias sobre o seu futuro político e pessoal a partir de 2026, quando ele precisa decidir se será candidato a senador ou se ficará até o final do mandato, aposentando-se da vida pública.

  • se for candidato a senador, ele precisa deixar o cargo no dia 4 de abril de 2026;
  • se, por outro lado, decidir aposentar-se, pode ser governador até dezembro de 26.

“Eu já fui quatro vezes secretário de estado, eu já fui duas vezes deputado federal, já fui duas vezes vice-governador e duas vezes governador do Estado. Eu poderia dizer até que já ta na hora de parar, que já dei uma grande contribuição para o nosso estado”, indicou Brandão, na quinta-feira, 24, em discurso no qual fez uma espécie de Ode ao secretário Orleans Brandão, em encontro com prefeitos. (Veja o vídeo aqui)

Mas a incerteza quanto ao futuro político do governador é fruto de uma forte pressão que deputados estaduais, secretários que disputarão as eleições de 2026 e ex-políticos que sonham retomar a vida pública exercem sobre ele.

  • a maioria dos deputados da base governista depende de Brandão para viabilizar sua reeleição;
  • auxiliares do governador também precisam que ele controle o governo para ajudar nas campanhas.

É claro que esta turma dependente do Palácio dos Leões não tolera a ideia de o vice-governador Felipe Camarão (PT) assumir o mandato; com o petista, o jogo muda no tabuleiro eleitoral, sobretudo na eleição proporcional. 

Outro argumento dos aliados de Brandão para forçar sua permanência no cargo, é uma suposta ameaça de perseguição do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, a partir de um eventual mandato de Felipe Camarão governador.

Ora, se Flávio Dino é o que aliados de Brandão dizem que ele é – rancoroso e perseguidor, dentre outros adjetivos – então não se tem o que fazer:

  • Se o governador ficar no governo até o final, ele será perseguido;
  • se decidir entregar para Felipe Camarão, mesmo assim será perseguido;
  • até mesmo se lançar parentes de Dino ao Senado, ainda assim será perseguido.

Em outras palavras, se Flávio Dino for o que os brandonistas dizem que ele é, não tem jeito: Brandão será perseguido de qualquer maneira.

Ele só precisa escolher de que forma quer sofrer esta perseguição.

Com ou sem mandato?!?

D"Eça

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